Em 3 de agosto de 2022, a taxa Selic subiu a 13,75%, atingindo o maior patamar desde 2017.
A princípio, o objetivo da alta da taxa Selic é conter a inflação. Porém, em contrapartida, o aumento na Selic traz consequências negativas para a economia como um todo, pois há elevação das despesas com juros da dívida pública, aumento das taxas de bancos e redução do consumo.
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O que é a taxa Selic?
A taxa Selic, também chamada de taxa básica de juros, é o indicador que norteia os demais juros que atuam no país.
O termo Selic faz referência ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia, adotado pelo Banco Central para controlar a emissão, a compra e a venda de títulos públicos.
Nesse sentido, a taxa Selic é utilizada para regular a circulação de recursos financeiros no país, uma vez que o governo federal custeia seu funcionamento de duas maneiras: pela arrecadação de impostos e pela emissão de dívida. A Selic é usada para estabelecer o custo dessa dívida e de todas as outras operações de crédito do país.
Além de acompanhar a movimentação dos preços de produtos e serviços, o Banco Central monitora os índices de endividamento da população e do governo. Quando esses indicadores apresentam alguma forma de descontrole, o Comitê de Política Monetária da instituição intervém para controlar o volume de dinheiro em circulação.
Dessa forma, a taxa Selic é utilizada para conduzir a política econômica e controlar a inflação. Quando o Banco Central aumenta a taxa Selic, é esperado que haja queda na inflação e desaceleração na economia, pois há um desestímulo ao consumo. Quando a Selic diminui, a tendência é que a inflação aumente e haja um aquecimento na economia, devido ao maior estímulo ao consumo.
No começo de agosto, a Selic atingiu o maior patamar desde 2017, subiu a 13,75% ao ano, conforme a decisão do Comitê de Política Monetária. Segundo o Relatório Focus, emitido semanalmente pelo Banco Central, a projeção para a taxa no fim de 2022 permanece em 13,75% pela 10.ª semana consecutiva.
Como a alta da taxa Selic impacta o mercado imobiliário?
Segundo matéria publicada pelo Estadão, a previsão é de que o mercado de imóveis feche o ano em alta, mesmo com a alta da Selic. Na opinião de especialistas como José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (Cbic), os lançamentos e as vendas de imóveis residenciais registrados neste ano devem ficar próximos dos números alcançados em 2021, quando o setor teve um recorde de negócios.
Já a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) enxerga o aumento na taxa Selic como uma medida técnica e necessária para conter o processo inflacionário no país, e considera que o patamar de 13,75% não afetará significativamente o setor imobiliário.
Conforme a Abrainc, a alta na Selic não impedirá o investimento em imóveis, principalmente porque, no histórico brasileiro, a Selic quase sempre esteve acima de dois dígitos e, mesmo assim, o mercado imobiliário não deixou de se desenvolver.
Luiz França, presidente da Abrainc, afirma que o setor permanece como um dos protagonistas na economia brasileira, pois “o brasileiro vê a compra do imóvel como uma forma de proteger parte do patrimônio da alta inflacionária, assim como obter ganhos reais no longo prazo”.
Ainda segundo França, os empreendimentos atraem cada vez mais compradores e investidores; e, em pesquisa de Intenção de Compra realizada pela Abrainc em parceria com a Brain Consultoria, 34% dos entrevistados disseram ter a intenção de comprar imóveis nos próximos 12 meses.
O mercado de Médio e Alto Padrão (MAP) também não parece sofrer grandes abalos, uma vez que foi registrado um crescimento de 145,3% nas vendas realizadas na primeira metade do ano. Segundo a Abrainc, o financiamento desse tipo de imóvel depende dos recursos da poupança, e o impacto tem sido bem menor do que a elevação da Selic, pois, enquanto a Selic subiu 10% de junho/2021 a junho/2022, as taxas médias de financiamento habitacional subiram apenas 2%.
Marcelo Moura, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, corrobora a perspectiva apresentada pela Abrainc e afirma que, apesar de o novo aumento da Selic impactar na questão do crédito em geral, “não afeta tanto o mercado imobiliário porque os bancos não estão acompanhando a taxa de juros na questão do financiamento”. Assim, para o especialista, o setor ainda tem muito espaço para crescer.
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